Ontem de manha, quando acordei
Olhei a vida e me espantei
Eu tenho mais de vinte anos
Eu tenho mais de mil perguntas sem respostas
Estou ligada num futuro blues
Os meus pais nas minhas costas
As ra?zes na marquise
Eu tenho mais de vinte muros
O sangue jorra pelos furos
Pelas veias de um jornal
Eu nao te quero, eu te quero mal
Essa calma que inventei, bem sei
Custou as contas que contei
Eu tenh...
Foi, quem sabe, esse disco, esse risco
De sombra em teus c?lios
Foi ou n?o meu poema no ch?o
Ou talvez nossos filhos
As sand?lias de saltos t?o altos,
O rel?gio batendo, o sol posto
O Rel?gio, as sand?lias, e eu batendo em seu rosto
E a queda dos saltos t?o altos
Sobre nossos filhos
Como um raio de sangue no ch?o
Do risco em teus c?lios
Foram discos demais, desculpas demais
J? v?o tarde essas ...
Amor, no tem que se acabar
Eu quero e sei que vou ficar
At o fim, eu vou te amar
At que a vida em mim resolva se apagar
Amor, amor
como a rosa num jardim
A gente cuida,a gente olha,
A gente deixa o sol bater pra crescer, pra crescer
A rosa do amor tem sempre que crescer
A rosa do amor no vai despetalar
Pra quem cuida bem da rosa
Pra quem sabe cultivar
Amor no tem que se acabar
Ato fim da minha...
Amor, n?o tem que se acabar
Eu quero e sei que vou ficar
At? o fim, eu vou te amar
At? que a vida em mim resolva se apagar
Amor, amor
? como a rosa num jardim
A gente cuida,a gente olha,
A gente deixa o sol bater pra crescer, pra crescer
A rosa do amor tem sempre que crescer
A rosa do amor n?o vai despetalar
Pra quem cuida bem da rosa
Pra quem sabe cultivar
Amor n?o tem que se acabar
At?o fim ...
Oh, essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar
Oh, esse Brasil lindo igueiro
? o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Brasil pra mim, Brasil pra mim
Nega do cabelo duro,
Qual ? o pente que te penteia?
Qual ? o pente que te penteia?
Qual ? o pente que te penteia?
Teu cabelo est? na moda, o teu corpo bamboleia
Minha nega, meu amor,
Qual ? o pente que t...
As apar?ncias enganam aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ?dio
Se irmanam na fogueira das paix?es
Os corac?es pegam fogo e depois
N?o h? nada que os apague
Se a combust?o os persegue
As labaredas e as brasas s?o
O alimento, o veneno, o p?o
O vinho seco, a recordac?o
Dos tempos idos de comunh?o
Sonhos vividos de conviver
As apar?ncias enganam aos que odeiam e aos que amam
Porque o a...
As aparncias enganam aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o dio
Se irmanam na fogueira das paixes
Os coraces pegam fogo e depois
No h nada que os apague
Se a combusto os persegue
As labaredas e as brasas so
O alimento, o veneno, o po
O vinho seco, a recordaco
Dos tempos idos de comunho
Sonhos vividos de conviver
As aparncias enganam aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o dio
...
Se voc? pretende saber quem eu sou
Eu posso lhe dizer
Entre no meu carro e na estrada de Santos
Voc? vai me conhecer
Voc? vai pensar que eu nao gosto nem mesmo de mim
E que na minha idade
S? a velocidade anda junto a mim
S? ando sozinho
E no meu caminho
O tempo ? cada vez menor
Preciso de amjuda, por favor, me acuda
Eu vivo muito s?
Se acaso numa curva eu me lembro do meu mundo
Eu piso mais fu...
Basta de clamares inoc6encia
Eu sei todo o mal que a mim voc? fez
Voc? desconhece consci?ncia
S? deseja o mal de quem o bem te fez
Basta, n?o ajoelhes, v? embora
Se est?s arrependida, v? se chora
Quando voc? partiu disseste Chora", n?o chorei
Caprichosamente fui esquecendo que te amei
Hoje me encontras t?o alegre e diferente
Jesus n?o castiga o filho que est? inocente
Basta, n?o ajoelhes, v? e...
Basta de clamares inoc6encia
Eu sei todo o mal que a mim voc fez
Voc desconhece conscincia
S deseja o mal de quem o bem te fez
Basta, no ajoelhes, v embora
Se ests arrependida, v se chora
Quando voc partiu disseste Chora", no chorei
Caprichosamente fui esquecendo que te amei
Hoje me encontras to alegre e diferente
Jesus no castiga o filho que est inocente
Basta, no ajoelhes, v embora
Se ests a...
Voc penetrou como o sol da manh
E em ns comecou uma festa pag
Voc libertou em voc a infernal cortez
E em mim despertou esse amor
Atormentado e mau de sat
Voc me deixou como o fim da manh
E em mim comecou essa angstia, esse af
Voc me plantou a paixo imortal e mals
Que se enraizou e ser meu maldito final amanh
E agora me aperta a aflico
De chorar louco e s de manh
a seta do arco da noite sangran...
Voc? penetrou como o sol da manh?
E em n?s comecou uma festa pag?
Voc? libertou em voc? a infernal cortez?
E em mim despertou esse amor
Atormentado e mau de sat?
Voc? me deixou como o fim da manh?
E em mim comecou essa ang?stia, esse af?
Voc? me plantou a paix?o imortal e mals?
Que se enraizou e ser? meu maldito final amanh?
E agora me aperta a aflic?o
De chorar louco e s? de manh?
?a seta do ...
O olhar dos c?es, a m?o nas r?deas
E o verde da floresta
Dentes brancos, c?es
A trompa ao longe, o riso
Os c?es, a m?o na testa
O olhar procura, antecipa
A dor no corac?o vermelho
O rebenque estala, um leque aponta: foi por l?
um olhar de c?o, as m?os s?o pernas
E o verde da floresta
Oh, manh? entre manh?s
A trompa em cima, os c?es
Nenhuma fresta
O olhar se fecha, uma lembranca
Afaga o corac?o...
Pra quem quer se soltar, invento o cais
Invento mais que a solid?o me d?
Invento lua nova a clarear
Invento o amor
E sei que a dor vai me lancar
Eu queria ser feliz, invento o mar
Invento em mim o sonhador
Para quem quer me seguir, eu quero mais
Tenho o caminho que sempre quis
E um saveiro pronto pra partir
Ivento o cais
E sei a vez de me lancar
Amigo ? coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do corar??o
Assim falava a can??o
Que na Am?rica ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E que voou, no pensamento ficou
Com a lembran?a que o outro cantou
Amigo ? coisa pra se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a dist?ncia
Digam n?o
Me...
Amigo coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coraro
Assim falava a cano
Que na Amrica ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E que voou, no pensamento ficou
Com a lembrana que o outro cantou
Amigo coisa pra se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distncia
Digam no
Mesmo esquecen...
? nas noites que eu passo sem sono
Entre o copo, a vitrola e a fuma?a
Que ? com a torre do meu abandono
E que caio em desgraca
? nas horas em que a noite faz frio
E a lembranca, o castigo me arrasta
Solid?o ? o carrasco sombrio
E a saudade vergasta
Se eu cantar, a alegria sai falsa
Se eu calar, a tristeza comeca
E eu prefiro dancar um valsa
Que ouvir uma peca
E eu recuo, eu prossigo, eu me agi...
Nos dias de hoje ? bom que se proteja
Ofereca a face a quem quer que seja
Nos dias de hoje, esteja tranquilo
Haja o que houver pense nos seus filhos
N?o ande nos bares, esqueca os amigos
N?o pare nas pracas, n?o corra perigo
N?o fale do medo que temos da vida
N?o ponha o dedo na nossa ferida
Nos dias de hoje, n?o nos d? motivo
Porque na verdade eu te quero vivo
Tenha paci?ncia, Deus est? conti...
Z? Rodrix - Tavito, 1972
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras
Pastando solenes no meu jardim
Eu quero o sil?ncio das l?nguas cansadas
Eu quero a esperan?a ...
nas noites que eu passo sem sono
Entre o copo, a vitrola e a fumaa
Que com a torre do meu abandono
E que caio em desgraca
nas horas em que a noite faz frio
E a lembranca, o castigo me arrasta
Solido o carrasco sombrio
E a saudade vergasta
Se eu cantar, a alegria sai falsa
Se eu calar, a tristeza comeca
E eu prefiro dancar um valsa
Que ouvir uma peca
E eu recuo, eu prossigo, eu me agito
E eu me...
Roda, roda e avisa
Sinto o an?ncio e vejo
Em forma de desejo o sabonete
Em forma de sorvete acordo e durmo na televisao.
Creme dental, sa?de
E vivo num sorriso, para?so
Quase que jogado,impulsionado, no comercial.
S? tomava ch?
Quase que forcado vou tomar caf?
Ligo o aparelho vejo o Rei Pel?
Vamos entao repetir o gol
E na lua sou
Mais um astronauta-patrocinador
Chego atrasado perco o meu amor
...
Amou daquela vez como se fosse a ?ltima
Beijou sua mulher como se fosse a ?ltima
E cada filho seu como se fosse o ?nico
E atravessou a rua com seu passo t?mido
Subiu a constru??o como se fosse m?quina
Ergueu no patamar quatro paredes s?lidas
Tijolo com tijolo num desenho m?gico
Seus olhos embotados de cimento e l?grima
Sentou pra descansar como se fosse s?bado
Comeu feij?o com arroz como se fo...
Amou daquela vez como se fosse a ltima
Beijou sua mulher como se fosse a ltima
E cada filho seu como se fosse o nico
E atravessou a rua com seu passo tmido
Subiu a construo como se fosse mquina
Ergueu no patamar quatro paredes slidas
Tijolo com tijolo num desenho mgico
Seus olhos embotados de cimento e lgrima
Sentou pra descansar como se fosse sbado
Comeu feijo com arroz como se fosse um prnci...
L? vinha o bonde no sobe e desce ladeira
E o motorneiro parava a orquestra um minuto
Para me contar casos da campanha da It?lia
E do tiro que ele n?o levou
Levei um susto imenso nas asas da Panair
Descobri que as coisas mudam
E que tudo ? pequeno nas asas da Panair
E l? vai menino xingando padre e pedra
E l? vai menino lambendo podre del?cia
E l? vai menino senhor de todo o fruto
Sem nenhum pe...
Existem mais mundos ou altos ou fundos
Entre eu e voc?
Existem mais corpos, ou vivos ou mortos
Entre eu e voc?
Procure saber, procure em voc?
Procure em mim
Procure em todos, na lama ,no lodo
Na febre, no fogo
Existem mais corpos, ou vivos ou mortos
Entre eu e voc?
Caminhando pela noite de nossa cidade
Acendendo a esperanca e apagando a escurid?o
Vamos caminhando eplas ruas de nossa cidade
Viver derramando a juventude pelos corac?es
Tenha f? no nosso povo que ele resiste
Tenha f? no nosso povo que ele insiste
E acorda novo, forte, cheio de paix?o
Vamos caminhando de m?os dadas com a alma nova
Viver semeando a liberdade em cada corac?o
Tenha f? me nosso p...
Por esse p?o pra comer,por esse ch?o pra dormir
A certid?o pra nascer, e a concess?o pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir
Deus lhe pague
Pelo prazer de chorar e pelo "estamos a?"
Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir
O crime pra comentar, eo samba pra distrair
Deus lhe pague
Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui
O amor mal feito depressa, fazer a barba e part...
De manh? cedo essa senhora se conforma
Bota mesa, tira o p?, lava a roupa,seca os olhos
Ah, como essa santa n?o se esquece
De pedir pelas mulheres, pelos filhos, pelo p?o
Depois sorri, meio sem graca e abraca
Aquele homeme, aquele mundo
Que a faz assim feliz
De tardezinha essa menina se namora
Se enfeita, se decora, sabe tudo, n?o faz mal
Ah, como essa coisa ? t?o bonita
Ser cantora, ser artis...
Os sonhos mais lindos sonhei
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar, tonto de emo??o
Com sofreguid?o mil venturas previ
O teu corpo ? luz, sedu??o
Poema divino, cheio de esplendor
Teu sorriso prende, inebria, entontece
?s fascina??o, amor
Os sonhos mais lindos sonhei
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar, tonto de emoo
Com sofreguido mil venturas previ
O teu corpo luz, seduo
Poema divino, cheio de esplendor
Teu sorriso prende, inebria, entontece
s fascinao, amor
Deve ser bom, deve ser bom
To fechado pra balanco
Meu saldo deve ser bom
Deve ser bom
Vou sambar de roda um pouco
Um xaxado bem guardado
E mais algum trocado
Se tiver gingado eu T?, eu t?, eu t?
Eu t? de corpo fechado, eu t?, eu t?
Deve ser bom, deve ser bom
T? fechado pra balanco
Meu saldo deve ser bom
Um pouco da minha grana
Vais ter saudade, baiana
Ponho sempre por semana
Cinco cartas no co...
Vem, vamos dancar ao sol
Vem, que a banda vai passar
Vem, ouvir o toque dos clarins
Anunciando o carnaval
E vao brilhando seus metais
Por entre cores mil
Verde mar, c?u de anil
Nunca se viu tanta beleza
Ai, meu Deus, que lindo ? o meu Brasil
? pau, ? pedra, ? o fim do caminho
? um resto de toco, ? um pouco sozinho
? um caco de vidro, ? a vida ? o sol
? a noite, ? a morte, ? um la?o, ? o anzol
? peroba do campo, ? o n? da madeira
Caing? Candeia, ? o Matita Pereira
? madeira de vento, tombo da ribanceira
? o mist?rio profundo, ? o queira ou n?o queira
? o vento ventando, ? o fim da ladeira,
? a viga, ? o v?o, festa da cumeeira
? a c...
pau, pedra, o fim do caminho
um resto de toco, um pouco sozinho
um caco de vidro, a vida o sol
a noite, a morte, um lao, o anzol
peroba do campo, o n da madeira
Caing Candeia, o Matita Pereira
madeira de vento, tombo da ribanceira
o mistrio profundo, o queira ou no queira
o vento ventando, o fim da ladeira,
a viga, o vo, festa da cumeeira
a chuva chovendo, a conversa ribeira
Das guas de maro, ...
Mas, pra qu? Pra que tanto cu
Pra que tanto mar, pra qu?
De que serve esta onda que quebra
E o vento da tarde?
De que serve a tarde, inltil paisagem?
Pode ser que no venhas mais
Que no venhas nunca mais
De que servem as flores que nascem pelos caminhos
Se o meu caminho, sozinho, nada
Mas, pra qu?? Pra que tanto c?u
Pra que tanto mar, pra qu??
De que serve esta onda que quebra
E o vento da tarde?
De que serve a tarde, in?ltil paisagem?
Pode ser que n?o venhas mais
Que n?o venhas nunca mais
De que servem as flores que nascem pelos caminhos
Se o meu caminho, sozinho, ? nada
? como conto de fadas
Tem sempre uma bruxa para apavorar
O drag?o comendo gente
A bela adormecida sem acordar
Tudo o que o mestre mandar
E a cabra cega rodsa sem enxergar
E voc? se escondeu, e voc6e esqueceu
Pique palcos tem dist?ncia
P?s pisando em ovos, vejam voc?s
Um tal de pula fogueira, pistolas,morteiras
Vejam voc?s
Pega malhac?o de Judas
E quebra cabecas, vejam voc?s
E voc? se escondeu,...
como conto de fadas
Tem sempre uma bruxa para apavorar
O drago comendo gente
A bela adormecida sem acordar
Tudo o que o mestre mandar
E a cabra cega rodsa sem enxergar
E voc se escondeu, e voc6e esqueceu
Pique palcos tem distncia
Ps pisando em ovos, vejam vocs
Um tal de pula fogueira, pistolas,morteiras
Vejam vocs
Pega malhaco de Judas
E quebra cabecas, vejam vocs
E voc se escondeu, e voc no q...
Voc?s est?o vendo aquela mulher de cabelos brancos
Vestindo farrapos, calcando tamancos
Pedindo nas portas pedacos de p?o
A conheci quando moca, era um anjo de formosa
Seu nome ? Maria Rosa, seu sobrenoma Paix?o
Os trapos de sua veste n?o ? s? necessidade
Cada um para ela representa uma saudade
Ou de um vestuido de baile, ou de um presente talvez
Que algum dos seus apaixonados lhe fez
Quis cer...
Prezado amigo Afonsinho
Eu continuo aqui mesmo
Aperfei?oando o imperfeito
Dando tempo, dando um jeito
Desprezando a perfei??o
Que a perfei??o ? uma meta
Defendida pelo goleiro
Que joga na sele??o
E eu n?o sou Pel?, nem nada
Se muito for eu sou um Tost?o
Fazer um gol nesta partida n?o ? f?cil, meu irm?o
Entrou de bola, e tudo
Ah, como eu tenho me enganado
Como tenho me matado
Por ter demais confiado nas evid?ncias do amor.
Como tenho andado certo,
Como tenho andado errado
Por seu carinho inseguro
Por meu caminho deserto
Como tenho me encontrado
Como tenho descoberto
A sombra leve da morte
Passando sempre por perto
E o sentimento mais breve
Rola no ar e descreve
A eterna cicatriz
Mais uma vez, mais de uma vez
Quase ...
Quem cala sobre o teu corpo
Consente na tua morte
Talhada a ferro e fogo
Nas profundezas do corte
Que a bala riscou no peito
Quem cala morre contigo
Mais morto que est?s agora
Rel?gio no chao da praca
Batendo, avisando a hora
Que a raiva tracou
No inc?ndio repetindo
O brilho do teu cabelo
Quem grita vive contigo
No sert?o da minha terra
Fazenda ?o camarada que ao ch?o se deu
Fez a obrigac?o com forca
Parece at? que tudo aquilo ali ? seu
S? poder sentar no muro
E ver tudo verdinho, lindo a crescer
Orgulhoso camarada, de viola em vez de enxada
Filho de branco e de preto
Correndo pela estrada atr?s de passarinho
Pela plantac?o a dentro
Crescendo os dois meninos sempre pequeninos
Peixe bom d? no riacho
De...
No dia em que eu apareci no mundo
Junto uma porc?o de vagabundo da orgia
De noite teve samba e batucada
Que acabou de madrugada em grossa pancadaria
Depois do meu batismo de fumaca
Mamei um litro e meio de cachaca - bem puxados
E fui adormecer como um despacho
Deitadinha no capacho na porta dos enjeitados
Cresci olhando a vida sem mal?cia
Quando um cabo de pol?cia despertou meu corac?o
E como ...
Caa a tarde feito um viaduto
E um bbado trajando luto me lembrou Carlitos
A lua, tal qual a dona de um bordel
Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel
E nuvens, l no mata-borro do cu
Chupavam manchas torturadas - que sufoco
Louco, um bbado com chapu coco
Fazia irreverncias mil pra noite do Brasil meu Brasil
Que sonha com a volta do irmo do henfil
Com tanta gente que partiu num rabo de fo...
Ca?a a tarde feito um viaduto
E um b?bado trajando luto me lembrou Carlitos
A lua, tal qual a dona de um bordel
Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel
E nuvens, l? no mata-borr?o do c?u
Chupavam manchas torturadas - que sufoco
Louco, um b?bado com chap?u coco
Fazia irrever?ncias mil pra noite do Brasil meu Brasil
Que sonha com a volta do irm?o do henfil
Com tanta gente que partiu num r...
Acreditar na exist?ncia dourada do sol
Mesmo que em plena boca nos bata o acoite
Cont?nuo da noite
Arrebentar a corrente que envolve o amanh?
Despertar as espadas, varrer as esfinges das encruzilhadas
Todo esse tempo foi igual a dormir num navio
Sem fazer movimento
Mas tecendo o fio da ?gua e do vento
Eu, baderneiro, me tornei cavaleiro
Malandramente pelos caminhos
Meu companheiro t? armado at...
O Compositor me disse
Que eu cantasse distraidamente esss canc?o
Que eu cantasse como se o vento
Soprasse pela boca vindo do pulm?o
E que eu ficasse ao lado pra escutar o vento
Jogando as palavras pelo ar
O compositor me disse
Que eu cantasse ligada no vento
Sem ligar pras coisas que ele quis dizer
Que eu n?o pensasse em mim nem em voc?
Que eu cantasse distraidamente
Como bate o corac?o
E que ...
Os b?ias-frias
Quando tomam umas biritas
Espantando a tristeza
Sonham com bife a cavalo, batata-frita
E a sobremesa
? goiabada casc?o,com muito queijo
Depois caf?, cigarro e um beijo
De uma mulata chamada Leonor ou Dagmar...
Amar
O r?dio de pilha, o fog?o Jacar?
A marmita, o domingo, o bar
Onde tantos iguais se re?nem contando mentiras
Pra poder suportar
Ai, s?o pais-de-santo, paus-de-arara,s?...
Voc6e me fez sofrer
Ninguem me faz sofrer assim
O que era tanta beleza
Num p sem cabeca, voc transformou
Mas voc onde est?
No me viu, no ser?
Que teu sono vai ter paz
De meu rosto se acender, brilhar
Se teu olho te trair, no vai durar
Seunporto seguro, seu lugar comum
Voc navegando pra lugar nenhum
Quem sabe de tudo no sabe seu fim
Mas eu no me quero fugindo daqui
Tambm no te deixo zombando de...
Voc6e me fez sofrer
Ninguem me faz sofrer assim
O que era tanta beleza
Num p? sem cabeca, voc? transformou
Mas voc? onde est??
N?o me viu, n?o ser??
Que teu sono vai ter paz
De meu rosto se acender, brilhar
Se teu olho te trair, n?o vai durar
Seunporto seguro, seu lugar comum
Voc? navegando pra lugar nenhum
Quem sabe de tudo n?o sabe seu fim
Mas eu n?o me quero fugindo daqui
Tamb?m n?o te deix...
Pois ?
Fica o dito e redito por n?o dito
E ? dif?cil dizer que inda ? bonito
Cantar o que me restou de ti
Da?
Nosso mais-que-perfeito est? desfeito
E o que me parecia t?o direito
Caiu desse jeito sem perd?o
Ent?o
Disfar?ar minha dor j? n?o consigo
Dizer: que n?s somos bons amigos
? muita mentira para mim
E enfim
Hoje na solidao ainda custa
A entender como o amor foi t?o injusto
Pra quem s? lhe...
Ponta de areia, ponto final
Da Bahia-Minas, estrada antural
Que ligava Minas ao porto, ao mar
Caminho de ferro mandaram arrancar
Velho maquinista com seu bon?
Lembra o povo alegre que vinha cortejar
Maria-fumaca n?o canta mais
Pras mocas, flores, janelas e quintais
Na praca vazia, um grito, um ai
Casas equecidas, vi?vas nos portais
O MORRO NAO TEM VEZ
O moro nao tem vez
E o que ele fez j? foi demais
Mas olhem bem voces, quando derem vez ao morro
Toda a cidade vai cantar
Escravo no mundo em que sou
Escravo no reino em que estou
Mas acorrentado ningu?m pode amar
Mas acorrentado ningu?m pode amar
FEIO NAO ? BONITO
Feio, nao ? bonito
O morro existe mas pede pra se acabar
Canta, mas canta triste
Porque tristeza ? s? o que tem...
Adeus, vou pra nao voltar
E onde quer que eu v?, sei que vou sozinha
Tao sozinha, amor, nem ? bom pensar
Que eu nao volto mais pelo meu caminho
Ah, pena eu nao saber
Como te contar que o amor foi tanto
E no entanto eu queria dizer: vem
Eu s? sei dizer: vem
Nem que seja s? pra dizer adeus.
O Brazil n?o conhece o Brasil
O Brasil nunca foi ao Brazil
Tapir, jabuti
Iliana, alamanda, aliala?de
Piau ururau akiata?de
Pi?-carioca porecramecr?
Jobim-akarore jobim-a?u
U? - u? - u? - u?
Pere? camar? toror? oler?
Piriri ratat? karat? olar?
O Brazil n?o merece o Brasil
O Brazil t? matando o Brasil
Jereba saci caandrades cunh?s ariranharanha
Sert?es guimar?es bachianas ?guas
Imariona?ma arira...
Quero ver o sol atr?s do muro
Quero um ref?gio que seja seguro
Uma nuvem branca, sem p? nem fumaca
Quero um mundo feito sem porta, vidraca
Quero uma estrada que leve ? verdade
Quero a floresta em lugar da cidade
Uma estrela pura de ar respir?vel
Quero um lago limpo de ?gua pot?vel
Quero voar de m?os dadas com voc?
Ganhar o espaco em bolhas de sab?o
Escorregar pelas cachoeiras
Pintar o mundo de...
, s eu sei, quanto amor eu guardei
Sem saber que era s pra voc
, s tinha que ser com voc
Havia de ser pra voc
Seno era mais uma dor
Seno no seria o amor
Aquele que a gente no v
O amor que chegou para dar
O que ningum deu pra voc
O amor que chegou para dar
O que ningum deu pra voc
, voc6e que feita de azul
Me deixa morar neste azul
Me deixa encontrar minha paz
Voc que bonito demais
Se ao menos ...
Se o senhor num t? lembrado
D? licen?a de cont?
Ali onde agora est? esse adif?cio arto
Era uma casa v?ia, um palacete assobradado
Foi ali, seu mo?o
Que eu, mato Grosso e o Joca
Constru?mo nossa maloca
Mas um dia, n?s nem pode se alembr?
Veio os home c'as ferramenta, o dono mand? derrub?
Peguemo todas nossas coisa
E fumo pro meio da rua
Apreci? a demoli??o
Que tristeza que n?is sentia
Cada t?ub...
Ol?, como vai?
Eu vou indo, e voc?, tudo bem?
Tudo bem, eu vou indo, correndo
Pegar meu lugar no futuro , e voc??
Tudo bem, eu vou indo, em busca
De um sono tranquilo, quem sabe?
Quanto tempo... pois ?, quanto tempo...
Me perdoe a pressa
? a alma dos nosso neg?cios
Qual, n?o tem de qu?, eu tamb?m s? ando a cem
Quando ? que voc? telefona?
Precisamos nos ver por a?
Pra semana,prometo, talvez nos...
?, s? eu sei, quanto amor eu guardei
Sem saber que era s? pra voc?
?, s? tinha que ser com voc?
Havia de ser pra voc?
Sen?o era mais uma dor
Sen?o n?o seria o amor
Aquele que a gente n?o v?
O amor que chegou para dar
O que ningu?m deu pra voc?
O amor que chegou para dar
O que ningu?m deu pra voc?
?, voc6e que ? feita de azul
Me deixa morar neste azul
Me deixa encontrar minha paz
Voc? que ? bon...
De repente do rio fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das m?os espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a ?ltima chama
E da paix?o fez-se o pressentimento
E do momento im?vel fez-se o drama
De repente, n?o mais que de repente
Fez-se de trsite o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-s...
De repente do rio fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a ltima chama
E da paixo fez-se o pressentimento
E do momento imvel fez-se o drama
De repente, no mais que de repente
Fez-se de trsite o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do ...
Quero ficar no teu corpo como tatuagem
Que ? pra te dar coragem pra seguir viagem
Quando a oite vem
E tamb?m pra me perpetuar em tua escrava
Que voc? pega, esfrega, nega, mas n?o lava
Eu quero brincar no teu corpo feito bailarina
Que logo te alucina, salta e te ilumina
Quando a noite vem
E nos m?sculos exaustos do teu braco
Repousar frouxa,murcha, farta, morta de cansaco
Eu quero pesar feito c...
These are the songs I want to sing
These are the songs I want to play
I will sing it every time
And I sing it every day
These are the songs I want to sing and play
Esta ? a cancao que eu vou ouvir
Esta ? a cancao que eu vou cantar
Fala de voc?, meu bem
Do nosso amor tamb?m
Sei que voc? vai gostar
Quando voc? foi embora, fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas n?o tem jeito
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa n?o ? minha e nem ? meu este lugar
Estou s? e n?o existo,muito tenho pra falar
Solto a voz nas estradas, j? n?o quero parar
Meu caminho ? de pedra comomposso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto
Vou querer me matar
Vou seguindo pela vida, me es...
MANGUEIRA
Nao h?, nem pode haver
Como Magueira nao h?
O samba vem de l?, alegria tamb?m
Morena faceira s? Mangueira tem
FALA, MANGUEIRA
Fala, Mangueira, fala
Mostra a forca da tua tradicao
Com licenca da Portela, Favela
Mangueira mora no meu coracao
EXALTACAO ? MANGUEIRA
Mangueira teu cen?rio ? uma beleza
Qua a natureza criou, ? ?
O morro com seus barracoes de zinco
Quando amanhece, que esplen...
Triste ? viver na solid?o
Na dor cruel de uma paix?o
Triste ? saber que ningu?m pode viver de ilus?o
Que nunca vai ser, nunca vai dar
O sonhador tem que acordar
Tua beleza ? um avi?o, demais prum pobre corac?o
Que p?ra pra te ver passar
S? pra me maltratar
Triste ? viver na solid?o
Do ventre ch?o da terra m?e nasce o her?i improvisado
Querido filho pranteado da fortuna e do acaso
Avante, um por todos e todos por um
Ficam das lutas ao longe duas medalhas pregadas
Em peito de bronze eas bandeirinhas e as rifas
O foguet?rio e a fanfarra
Meio vel?rio, meio farra
O sentimento dos teus pares
Her?is dos escolares e das lavadeiras
Oh Deus das mocas solteiras que rezam ao teu ret...